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Confira entrevista de Aldo sobre sua saída do PT.
Aldo assina ficha no PMDB.(Foto: Fábio Claudino)
Aldo Dolberth, vice-prefeito de Curitibanos, não é mais do PT. Depois de 28 anos, a principal liderança do Partido dos Trabalhadores no município resolveu deixar a sigla e ir para o PMDB, partido do prefeito curitibanense.
A sua saída do PT foi anunciada ainda na última sexta-feira (25), e a confirmação no novo partido se deu nesta terça-feira (29), em evento realizado na Câmara de Vereadores.
Gentilmente Aldo atendeu a reportagem do “Portal do Contestado” e respondeu uma série de perguntas realizadas sobre este que vem sendo o assunto mais comentado nos últimos dias em Curitibanos.
Confira abaixo, na íntegra, a entrevista com o agora peemedebista, Aldo Dolberth.
P.C: Depois de 28 anos o que levou a principal liderança do PT em Curitibanos trocar de partido?
A.D: Dentre outras questões, aguardava uma reforma politica no Brasil com o realinhamento ideológico dos partidos e outras questões que infelizmente não ocorreram e se resumiu em uma minirreforma para ficar pior que estava. É salutar para o PT também renovar suas lideranças. O PT de Curitibanos não pode ter o ALDO como eterno candidato. Falar em mudança é fácil, mas é preciso ter a coragem de mudar. Hoje adoto uma postura pragmática, onde posso agir e demonstrar o que penso é no meu município, portanto, fiz uma escolha pensando em dar continuidade num projeto que iniciamos em 2012.
P.C: As denúncias de corrupção e até mesmo a condenação de membros do partido (nacional) por corrupção pesou para sua saída?
A.D: Tenho o maior respeito e consideração pela história do PT e pelos petistas de Curitibanos. O PT tem muito mais de positivo ao país que o negativo cometido por alguns petistas. A corrupção é uma chaga terrível, mas no atual sistema político brasileiro, nenhum partido passou imune.
P.C: Mesmo com o governo atravessando uma crise política, tu ainda continuava defendendo o PT e o governo de Dilma até a poucos dias. Como fica esse discurso agora?
A.D: Eu não afirmei em nenhum lugar que minha saída se deve ao governo Dilma ou contra o PT, tenho afirmado que é uma questão local. Você pode pensar globalmente, ter opiniões nacionalmente, mas teu poder de atuação é na cidade onde você vive. Fiz história no PT, acredito que posso construir uma nova história no PMDB.
P.C: Existia um acordo entre PMDB e PT para que na próxima eleição em Curitibanos o PT fosse cabeça de chapa. Como fica isso agora? A sua saída pode significar a não presença do PT em uma nova coligação para 2016?
A.D:Fizemos um acordo na época com o PMDB construindo um programa de governo para a cidade, com objetivo de ganhar as eleições e governar juntos. O programa de governo está sendo executado com grande êxito. O PMDB sabe o quanto o PT foi importante para a vitória em 2012 e houve o compromisso para reciprocidade deste apoio. O PT é um parceiro importante nas conquistas da administração atual é continuará sendo se quiser, mas o PT tem autonomia para decidir seus caminhos. O debate de 2016 será feito no momento adequado.
P.C: Tão logo as primeiras informações sobre a sua saída do PT foram divulgadas, muitos foram os comentários, especialmente nas redes sociais. Como tu vê e avalia isso?
A.D: Quanto aos comentários a que você se refere, sou um democrata e defendo a liberdade de expressão. Figuras públicas estão sujeitas a todo tipo de comentários. A única consideração que faço é você avaliar quem escreveu? O que escreveu? Por que escreveu? E com que interesse escreveu?
P.C: A dobradinha Dudão e Aldo pode se repetir? Como imagina sua participação, agora no PMDB, nas próximas eleições? Tu acha que continuará recebendo o apoio dos petistas?
A.D: O cenário para 2016 está em aberto, o prefeito Dudão tem o direito de ir à reeleição, mas até o presente momento não confirmou sua vontade. O meu desejo é que a coligação atual se mantenha, que as ações desenvolvidas pela atual administração como: A participação democrática, o diálogo, seriedade e responsabilidade com o erário público, a elevação dos índices de melhoria na qualidade vida, resultados das políticas públicas e investimentos nas áreas sociais, infraestrutura e melhorias nos bairros e interior também continuem e sejam aprofundadas. As bandeiras que sempre defendi, da Democracia, da Inclusão Social e a defesa dos mais pobres ante o Estado, estão sendo implementadas na nossa cidade. O PMDB não definiu suas candidaturas, mas se as candidaturas de 2016 representarem esta linha de atuação acredito que os petistas não tem motivos para ficar de fora da coligação.
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